quinta-feira, 31 de março de 2011

Rural News entrevista Ministro da Agricultura - Wagner Rossi

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi,  nascido em São Paulo (capital) fez pós-graduação em economia, administração e política no Brasil e nos Estados Unidos. Foi professor da USP e da UNICAMP, tem mais de 30 anos dedicados à agropecuária. Foi também presidente da CONAB e agora no ministério tem a oportunidade de dedicar sua experiência em benefício ao homem do campo.

Redação – Qual é um dos maiores desafios agrícolas no Brasil hoje?
Ministro - Eu acho que o país ter passado por uma revolução agrícola, ter conseguido estar entre as primeiras agriculturas do mundo e ainda não termos um sistema que realmente garanta renda ao produtor. Então, há uma certa contradição entre o enorme crescimento de produção e um produtor que muitas vezes tem dificuldade de cobrir seus custos e gerar um excedente para investir.

Redação – Cana-de-açúcar, um dos entraves do setor é de criar um estoque regulador. Isto é verdade?
Ministro - Este ano melhorou muito, nós conseguimos dois bilhões para financiamentos de estoque, com juros mais adequados. Quando há uma variação muito grande no preço do álcool cria-se um problema para fidelizar o consumidor, porque ele fica avaliando se é melhor colocar gasolina ou álcool no seu veículo, e em certo momento é coisa, depois já é outra, e isso cria, é claro, um mercado muito instável. Isso também gera distorções no país, porque nós somos uma grande região produtora, mas há outras regiões que são abastecidas por estas regiões produtoras, eles não produzem lá e por isso fica mais difícil para o sujeito se fixar no carro a álcool. 

Redação – O fato da arroba ter subido de R$ 80/arroba para mais de R$ 100/arroba, isto implica em alguma coisa?  O que?
Ministro - A agropecuária tem uma peculiaridade. Não é possível fazer preços tão baixos que desestimulem o produtor, porque se ele não ganhar dinheiro, não vai produzir. Então é preciso um preço bom para o produtor, mas ao mesmo tempo não podemos penalizar o consumidor, que é a população. Então o preço da arroba do boi é feito em grande parte em cima de erros do passado. Como se sacrificou um número imenso de matrizes e os pecuaristas estavam muito descapitalizados em uma certa época e eles tinham que fazer recursos, então o que aconteceu, eles venderam as fêmeas, as matrizes, com isso houve uma produção muito menor de bezerros e depois claro, de bois. Isso tudo gerou uma oferta contida, mas isso aconteceu muito mais gravemente na Argentina e em outros países do mundo inteiro. O Brasil é a maior pecuária de corte do mundo, cerca de 200 milhões de cabeças e somos os maiores exportadores de carne de boi, o que acontece é que este preço não é correspondente ao preço histórico, é um preço de demanda exagerada e oferta contida. Existe ainda uma diferença entre o avanço que a agricultura conseguiu e o avanço que a pecuária conseguiu. A pecuária tem uma utilização de pastos muito fracos, nós precisamos melhorar nossos pastos, através de correção de solo, de manejo, de adubação e para isso nós estamos criando programas específicos para recuperar, por exemplo, terras degradadas e reincorporá-las na produção, de modo a que aumentamos a relação cabeça por hectare. Nós temos uma baixíssima ocupação e com isso a oferta de bois acaba ficando pequena para o grande consumo. O povo está comendo carne, isso é um dado importante, e o mundo inteiro está comprando carne brasileira, outro dado importante.

Redação - A agropecuária no futuro, como será?
Ministro - Olha, veja o presente, nós somos 26% do PIB do Brasil, somos 42%, este ano talvez cheguemos a 44%, das exportações brasileiras e empregamos 40% da mão-de-obra, então eu vejo a pecuária como uma grande âncora da vitória da economia brasileira. Nestes últimos 12 meses a agropecuária contribuiu com cerca de 60 bilhões de superávit da área agrícola e pecuária para a economia brasileira. Nós tivemos déficit na área industrial e de serviços, e a agropecuária foi o esteio que garantiu um país de pé. Isso é reconhecido hoje e nós somos reconhecidos mundialmente como a agricultura que está com o maior nível de desenvolvimento, não só produtivo, mas também tecnológico e fazemos tudo isso respeitando o meio ambiente. O Brasil aumentou nos últimos 20 anos só 25% da área de produção, mas aumentou 152% da produção, isso porque no Brasil nós temos 55% de toda nossa cobertura vegetal original, aquela da época que Pedro Álvares Cabral encontrou. Então nós temos a terceira agricultura orgânica do planeta, temos 1.770.000 hectares em que se produz sem colocar nenhuma grama de química e somos o primeiro no mundo em exploração com sustentabilidade das florestas. Temos quase 6.300.000 hectares de florestas brasileiras que são exploradas, mas são respeitadas, não são destruídas. Eu acho que nós temos tudo para sermos um grande fornecedor de proteína e de alimentos em geral para o mundo.



Fonte: http://www.ruralnewsms.com.br/?conteudo=Noticias&noti_id=15307

Agroenergia


Etanol, açúcar e bioeletricidade marcam o Início da Safra da cana-de-açúcar no Mato Grosso do Sul.

Colaboração: Fábio Roberto Castilho fr-castilho@bol.com.br
            Economista
            Especialista em Gestão Ambiental
            Especialista em Gestão Empresarial e Agronegócios
            Mestrando em Agronegócios pela UFGD – Dourados
          

Atualmente, a cana-de-açúcar é o carro chefe da energia de biomassa do Brasil e do mundo, com intensivo uso de mão-de-obra. É relevante também para um país com as dimensões e problemas sociais do Brasil o fato de que a atividade canavieira emprega, com remuneração digna, assistência social e garantias trabalhistas, milhares de trabalhadores, entre os quais grande contingente com menor qualificação, que teria enorme dificuldade de emprego na indústria ou no setor de serviços.     
Segundo estimativas, o setor sucroalcooleiro deverá empregar 1,7 milhão de pessoas até a safra 2012/13. UNICA (2008). Um número significativo, mas também preocupante, pois muitas pessoas poderão ser barradas ao concorrer a uma das vagas. E o motivo disso é patente. Falta de mão-de-obra capacitada e qualificada diante das mudanças que a mecanização e a inovação tecnológica impõem ao setor.

 http://wpmtransportes.com.br/clientes.htm

O setor sucroenergético está preocupado com a mão-de-obra, afinal temos uma dificuldade na questão dessa qualificação, pois ele investe pesado no desenvolvimento tecnológico, no melhoramento genético, controle dos custos agrícolas e custos industriais, automação, e pensando na “Bioeletricidade” que está colaborando com a matriz energética, assim as pessoas devem buscar qualificação para estar bem empregados e bem remunerados, pois atualmente são os melhores índices de remuneração do setor industrial.
Outro ponto relevante na agroindústria canavieira, onde ela é responsável por grande produção de resíduos sólidos, tais como torta de filtro, fuligem, bagaço, palha de cana, material advindo das fornalhas das caldeiras e lavadores de gases, e areia e terra provenientes dos processos de limpeza da cana. Os resíduos não tóxicos produzidos pelas usinas geralmente são aproveitados para utilização nas lavouras em forma de adubos. Outro meio de obter resíduos sólidos é através da decantação de resíduos líquidos que, depois de passarem por um desaguamento, são incorporados à adubação.
Em uma usina de açúcar álcool, o principal resíduo sólido encontrado é o bagaço dacana. Em algumas regiões, o bagaço constitui-se em um produto com preço atrativo para venda, o que acontece geralmente quando há proximidade com outras fábricas, como indústrias de cítricos. UDOP (2008).


 http://www.navegadormt.com/categoria.php?pageNum_Recordset1=18&totalRows_Recordset1=288&categoria=Agronegocio

Para Juan Carlos Salvini, engenheiro e especialista em saneamento ambiental, (apud Idea News, 2007), afirma que o aproveitamento da biomassa foi e é um fator decisivo na viabilidade da indústria de cana ecologicamente correta. “Se não houvesse o reaproveitamento do bagaço de cana como combustível alternativo, nossas florestas estariam quase desaparecendo”, afirma.
O bagaço está tornando-se uma fonte de energia e um lucro para as usinas, onde o excedente está indo diretamente para as Companhias de Energia através das linhas de transmissão, pois estão colaborando com o balanço energético do país.
A tradição sul-matogrossense em outras culturas como: soja, milho, algodão, etc, e com a expansão significativa do setor sucroenergético o Estado agrega valor ao agronegócio, e está sendo realidade em alguns municípios do MS, assim, saindo da pecuária e da agricultura, tornando-se uma região agro-industrial.
O setor sucroenergético está em evidência, além da produção agrícola, com 23 plantas em operação dentro do Estado, com mais de 430 mil hectares plantados, e cerca de 80% dessas usinas estão localizadas na Região da sub-bacia do Rio Ivinhema, segundo informações da Biosul. Segundo, Roberto Hollanda, Presidente da Biosul, o setor tem a tendência de crescimento, conforme demonstra a tabela:

PRODUÇÃO/SAFRA
2005/2006
2010/2011
Cana Moída
12 milhões/ton
40 milhões/ton
Açúcar Produzido
575 mil/ ton
1,5 milhões/ton
Etanol Produzido
660 milhões de litros
2 bilhões de litros
Bioeletricidade
300 Mw exportáveis
1.500.000 MWh = 40% do MS
    Fonte: Biosul, 2011

Ainda complementa Roberto, que o setor sucroenergético corresponde no MS 1,5 % da agricultura, 2% do agronegócio e 16% da agricultura no Brasil, gerando nos últimos 5 anos 26.000 mil empregos diretos no MS, um aumento de 56%, e também o aumento da renda, da mecanização, da arrecadação e da preservação ambiental e preocupação com a responsabilidade social. (Biosul, 2011).
E ainda, ressalto a preocupação ambiental, social e econômica, pois trabalhei em uma empresa do setor sucroenergético, e estão investindo em segurança do trabalho, saúde ocupacional, mitigações dos impactos ambientais, e, sem falar em um combustível renovável.
O início da safra 2011/12 na região Centro-Sul está sendo visto como uma possibilidade de baixa dos preços do etanol e do açúcar, tendo em vista pela excessiva demanda desses produtos no mercado interno e externo.
Assim, a região da Grande Dourados está sendo privilegiada por esse segmento da tranformação da agroindústria, afinal está sendo contribuindo para o desenvolvimento de pelo menos 30 municípios no seu entorno, aumentando o  número de empregos, na arrecadação do Governo Federal, Estadual e Municipal e principalmente, movimentando a economia, pois o MS tem todas as condições para evidenciar um dos melhores momentos no agronegócio regional e nacional.



segunda-feira, 28 de março de 2011

Piscicultura: Excelente para o agronegócio do MS e para a saúde da população

Enviado por:  Fábio Roberto Castilho
Economista / Especialista em Gestão Ambiental / Especialista em Gestão Empresarial e Agronegócio
Mestrando em Agronegócios da UFGD - Dourados - MS
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A cadeia produtiva do pescado é muito promissora no Brasil, e, principalmente, no agronegócio do Mato Grosso do Sul. Isso porque, temos todas as condições para aumentar essa produção do pescado no Estado e realmente garantir, não só um preço atrativo ao consumidor, mas também a melhora da saúde da população.

Nessa atividade econômica temos algumas dificuldades a enfrentar, afinal as incertezas são muitas. O piscicultor fica pensando para quem vai produzir e vender a produção ou onde será o abatedouro, que necessita do Serviço de Inspeção Federal (SIF), para a fiscalização, na garantia e segurança alimentar do pescado.



O grande potencial está na Região da Grande Dourados (que compreende os municípios de Amambai, Antonio João, Aral Moreira, Caarapó, Dourados, Douradina, Fátima do Sul, Itaporã, Juti, Laguna Caarapã, Maracaju, Nova Alvorada do Sul, Ponta Porã, Rio Brilhante e Vicentina). Nesse contexto, conforme dados oficiais, temos 1.200 hectares de lâmina de água. Porém, atualmente, com baixa produtividade, a maioria está desativada.

A produção média, segundo levantamento, é de 2.500 quilos por hectare ano. O pouco interesse por esta promissora atividade se deve ao fato de não termos um programa sério, e não termos uma indústria confiável em nossa região. Em Mundo Novo, por exemplo, na fronteira com o Paraguai, cerca de 150 produtores se reúnem, por conta de existir neste município uma Cooperativa de Peixes.




Todavia, a falta de uma indústria faz com que a criação de peixes se encontre em pouca expansão. A solução viria com a efetivação de uma indústria com capacidade para beneficiar, comercializar e exportar para outros países.

Temos algumas sinalizações positivas pelo Governo Federal, Estadual e Municipal, através dos Arranjos Produtivos Locais (APL´s) e outros programas de financiamento ao piscicultor. Mas, realmente, não há um compromisso efetivo dessa parceria pública com os possíveis produtores e temos que amenizar esses riscos, pela falta de continuidade dos programas. Com isso, o produtor não acredita e não investe nesse ramo de atividade, já que espera a normalidade para investir ou começar um novo negócio.

Ressalto, que os impactos e benefícios esperados para Mato Grosso do Sul seriam o aumento da produção do pescado, utilizando tecnologias, desenvolvimento regional econômico, gestão ambiental e outros aspectos. E ainda lembro que a questão ambiental deve ser uma das principais preocupações na implantação de novos projetos e adequações de tanques existentes. O investimento depende de uma boa gestão, planejamento na utilização dos recursos naturais, principalmente da “ÁGUA”, e o conhecimento do piscicultor no trato das espécies, como: tilápia, pacu, catfish, etc.


Nasci no interior paulista, na cidade de Sertãozinho (SP), e fui criado em Ribeirão Preto (SP). Tinha o hábito de comer mais peixes comprados no mercadão municipal, mantendo a minha qualidade de vida e saúde, sem falar do amor e carinho da mamãe preparando um bom filé de merluza e aquela sardinha na panela de pressão!!! Que fome!!!

Há oito anos no Mato Grosso do Sul, na cidade de Maracaju e, recentemente, em Dourados pude notar que esse é o caminho para o desenvolvimento regional do pescado. É necessária a “UNIÃO” dos Institutos de Pesquisa, Extensão Rural, Universidades, Associações, Cooperativas, Sindicatos Rurais, ONG´s, OSCIP´s e a população para que haja o crescimento e o consumo. 

Afinal, a agricultura familiar está em evidência e os municípios estão garantindo a compra de produtos produzidos por pequenos e médios produtores, o que contribui para o agronegócio e a economia do Estado, e ainda, melhora a cadeia produtiva como setores de alimentação e artesanato.

Uma oportunidade para estimular o mercado da piscicultura na região é a “FESTA DO PEIXE”, que acontece em abril, no parque municipal de Dourados. O evento busca reunir lazer, ar puro e peixe barato, vendidos diretamente pelos piscicultores à população. Este pode ser um pontapé inicial para o aumento de consumo e da conscientização de que o peixe é bom, não só para a economia, mas para a saúde.



quarta-feira, 23 de março de 2011

Fotos da Primeira Aula

 Coordenadora do Programa de Pós-Graduação Profa. Dra. Erlaine Binotto
 Professores e alunos do Mestrado em Agronegócios


Palestra apresentada na Primeira Aula do Mestrado em Agronegócios

segunda-feira, 21 de março de 2011

quinta-feira, 17 de março de 2011

Logística: Porto de Paranaguá volta a liberar chegada de caminhões

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) recomeçou hoje a liberar senhas para caminhões que transportam a safra de grãos voltarem a deixar os armazéns dos exportadores em direção ao terminal paranaense. A liberação de senhas estava interrompida desde o dia 9, primeiro em razão da fila que tinha se formado ao longo do acostamento da BR-277 e, depois, devido às chuvas que derrubaram pontes e provocaram deslizamento de terra sobre a pista.

No fim da tarde, havia filas de caminhões entre os quilômetros 50 e 58, antes da Serra do Mar, e entre os quilômetros 61 e 68, antes da praça de pedágio. A liberação era feita gradativamente para comboios de 50 caminhões cada vez. De acordo com o Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas (Setcepar), cerca de três mil caminhões circularam em direção a Paranaguá ontem, nos dois sentidos. Esse volume é 48% da movimentação normal da safra.

O recomeço do transporte da safra, ainda que de forma lenta, pode ajudar os produtores e cooperativas que já começavam a ficar preocupados com o armazenamento dos grãos. O maior problema era sentido nas regiões oeste, centro-oeste e sudoeste do Paraná, onde a colheita já ultrapassa 70%.

Os trens da América Latina Logística (ALL), que também estavam impedidos de descer ao litoral desde sexta-feira passada, em razão de problemas causados pelas chuvas, voltaram a fazer o transporte hoje, segundo a assessoria de comunicação da empresa. Os trens levam cerca de 30% da safra. Além disso, o tempo permaneceu bom no litoral do Paraná, garantindo que os embarques de grãos em navios fossem feitos normalmente.

Nos últimos dias, em razão da chuva, eram embarcadas, em média, 25 mil toneladas, o que representa 25% da capacidade diária. Ontem, com a melhora do tempo, já foi possível embarcar 48,6 mil toneladas. De acordo com a assessoria da Appa, dois navios de soja e um de milho estão sendo carregados hoje. Ao largo, 24 navios aguardavam a vez para atracar no cais e carregar granéis. Todos estão dentro do prazo de contratação. 


Fonte: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia+geral,porto-de-paranagua-volta-a-liberar-chegada-de-caminhoes,58823,0.htm

Acesso em : 17/03/2011

quarta-feira, 9 de março de 2011

Agronegócios no Centro Oeste - Celeiro do País esbarra na logística

SÃO PAULO - Reconhecido como "Celeiro do Brasil", o Centro-Oeste está confirmando, uma a uma, todas as suas melhores vocações. Nos últimos 20 anos, a partir da base econômica do agronegócio, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás alcançaram taxas médias de crescimento anual sempre em torno de 4,5%. É dali que se extraem 56% do algodão produzido no Brasil, 44% da soja, 27% do milho, 14% da cana-de-açúcar e 14% da carne.
É um feito e tanto, especialmente levando-se em consideração que a região tem pouco mais de 10% da área total do País. "O desempenho da economia do Centro-Oeste é absolutamente extraordinário", afirmou o ex-ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, durante exposição no Fóruns Estadão Regiões: Centro-Oeste. "Uma conquista alcançada basicamente pelo agronegócio por meio do incremento da produtividade sem ampliação da área cultivada."
Segundo o ex-ministro, o crescimento se deu apesar dos gravíssimos problemas de infraestrutura para escoar a safra para os principais mercados consumidores. Durante sua exposição, Stephanes lembrou que a saída para o Norte está virtualmente fechada por causa das reservas ambientais e indígenas.
Contudo, apesar da falta de investimentos do setor público, o agronegócio prospera. Mato Grosso puxou a fila regional do desenvolvimento e conquistou o título de maior gerador de empregos formais do País. O superávit comercial do Estado foi de US$ 7,7 bilhões no ano passado, um volume de recursos que representou 18% de todo o saldo comercial obtido pelo Brasil. Enquanto ajuda o País a recolher divisas, um agressivo programa de parcerias público-privadas está conseguindo resultados que vão mudando, para melhor, o mapa das estradas locais.
Desde 2002, o Estado ganhou nada menos que 2,6 mil quilômetros de estradas pavimentadas, cujos traçados foram elaborados em conjunto entre a administração pública e os produtores rurais. "Metade dos custos das estradas foi arcado pelo Estado e outra metade ficou por conta das associações entre os agentes do agronegócio", explicou o secretário de Indústria e Comércio de Mato Grosso, Pedro Nadaf. "Sem entraves burocráticos, estamos buscando a logística necessária para crescermos consistentemente até 2020."
No todo, a Região Centro-Oeste avança pelo rumo certo da produtividade agrícola. A produção regional de grãos em 2009 foi de 47,7 milhões de toneladas. Essa marca a torna responsável por 36,7% do total da produção nacional. O resultado se explica pelo alto grau de mecanização das lavouras e de implementação de tecnologias para o aumento da produtividade. Além disso, o perfil médio da propriedade rural no Centro-Oeste é de grande extensão, superior a 100 mil hectares. "A ótima qualidade da terra e do clima se combinam a preços convidativos para as propriedades, muito mais aceitáveis do que os praticados nas Regiões Sul e Sudeste", destacou a senadora Kátia Abreu (DEM/TO).
A chegada de novas empresas à região também é um estímulo aos produtores rurais. Um exemplo é a ETH, braço do Grupo Odebrecht para a produção de bioenergia da cana-de-açúcar. 

Fonte:http://economia.estadao.com.br/noticias/not_16791.htm
Acesso em 09/03/2011

sexta-feira, 4 de março de 2011

Inicio das Aulas!!!!!

No dia 14 de março de 2011 teremos um novo marco para a história da Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia da UFGD: a primeira aula do Mestrado em Agronegócios. O programa de pós-graduação na FACE começa um novo capítulo, resultado de muita luta, insistência, negociações e investimentos, tudo voltado para o desenvolvimento de um novo nível de ensino.

Aos alunos regulares e alunos especiais, mais do que boas vindas, desejamos que  haja em cada um , muito  esforço, competência, vontade,  interesse e a criatividade. Que não venha faltar o comprometimento, respeito e dedicação, pois esta histórica Turma de Alunos é resultado da dedicação, ousadia e capacidade dos professores e administradores da UFGD.

Que haja em todos vocês, alunos, essa participação na construção desse mestrado. Que a cada dia tenha um novo brilho no olhar, refletindo novas idéias,  novos conhecimentos,  novos assuntos , para que tenhamos o reconhecimento da sociedade douradense, do Estado, da Nação e de outros Países.

Parabéns a todos os Professores. Parabéns a todos os Alunos. Parabéns a FACE. Parabéns UFGD.