No Brasil, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e o ministro do Comércio da China, Chen Deming, participam hoje de um encontro empresarial que terá como objetivo avaliar as oportunidades de ampliação de investimentos chineses no Brasil, além de incrementar a pauta de exportações brasileiras com produtos de maior valor agregado.
Rodadas de negócios acontecerão na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.
Chen Deming passou pela Argentina antes de vir ao Brasil e pediu que o governo argentino, juntamente com o chinês, se esforcem para diminuir atritos comerciais e para aumentar a cooperação, de benefício mútuo. "Hoje, a Argentina é um importante parceiro comercial: na América Latina só perde para a parceria entre China e o Brasil", disse.
O comércio bilateral entre China e Argentina cresceu 53,9% no primeiro trimestre deste ano, disse Chen, em almoço com duzentos empresários. No Brasil, uma delegação de sessenta e seis empresários discute as alternativas de novos negócios no País. Segundo a CNI, estarão presentes empresas chinesas das áreas de energia, infraestrutura, bancos, alta tecnologia e agronegócio. A delegação chinesa chegou ao Brasil na última terça-feira e passou por outros estados do norte e do nordeste brasileiro, e na última sexta-feira reuniu-se com empresários paulistas na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Na sexta-feira, a ministra de Indústria da Argentina, Débora Giorgi, enviou uma longa (quatro páginas) e dura carta-resposta ao ministro do Desenvolvimento brasileiro, na qual reclama da falta de diálogo entre os dois países antes da imposição de barreiras ao comércio de automóveis argentinos. A carta acusa o Brasil de não cumprir acordos que visam a equilibrar o comércio bilateral entre os dois países.
Giorgi iniciou a carta defendendo as barreiras adotadas a produtos brasileiros. "Quero enfatizar que as medidas que o governo argentino tomou se enquadram em um conjunto de acordos da Organização Mundial de Comércio e não são destinadas a nenhum país em particular, muito menos ao Brasil."
Fonte: http://www.portaldoagronegocio.com.br/conteudo.php?tit=china_ganha_com_a_divisao_no_mercosul&id=55299