A inovação resultou de intensas pesquisas realizadas no Brasil e, hoje, figura nas políticas estratégicas de mais de uma centena de nações. A iniciativa brasileira demonstrou integral eficácia como alternativa ao carburante fóssil (petróleo). Aqui produzido a partir da cana-de-açúcar, o propelente leva sobre os hidrocarbonetos — maiores responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa — a vantagem de causar danos insignificantes ao meio ambiente e ter custo bem mais baixo.
Mas a comercialização do produto no mercado interno se rege pela voracidade dos proprietários de usinas em superfaturar lucros à margem da boa-fé exigível na conduta da indústria. É o que ocorre agora com o aumento alarmante dos preços do álcool, justificado com argumentos maltrapilhos. Afirmam os representantes do setor que a elevação é imposta por alguns fatores, entre outros o excesso de chuvas, a tardia colheita nos canaviais e a falta de incentivo do governo. O fato é que, no DF, o preço subiu quase 10%, assim também em várias regiões do país.
Os registros do comércio exportador, todavia, fazem desabar na vala comum das imposturas as explicações dos usineiros. Grande parte da capacidade produtiva de álcool foi substituída pela fabricação de açúcar, commodity, hoje, com alta cotação no mercado internacional. Segue daí a menor oferta de etanol e, por derivação, o reajuste imoderado dos preços. A opção do parque açucaralcooleiro, de anular a competição de preço entre o etanol e a gasolina, lesa os fundamentos de um sistema carimbado com o selo do interesse nacional.
Quando a exportação de açúcar deixa de oferecer vantagens, retoma-se a produção de álcool adequada ao consumo nacional, mas não há volta ao preço anterior do produto. Trata-se de jogo indeco roso em que, em qualquer circunstância, o consumidor não é a única vítima. Expansão no custo dos combustíveis sem respaldo na evolução natural das relações econômicas, como é o caso, exaspera ao extremo a inflação. E avanço médio em torno de 9%, ante conjuntura sublinhada por tendência inflacionária, é insuportável. Vergonhoso é que a trampolinice dos usineiros obriga o país, segundo maior produtor mundial de etanol, a importar 200 milhões de litros dos EUA para evitar desabastecimento e conter a escalada de preços.
É injúria grave dizer que o governo não incentiva a produção. A indústria do álcool e do açúcar recebe financiamento regular e substancial de agências governamentais, como o Banco do Brasil (BB) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a juros subsidiados. O Estado, portanto, tem obrigação de regular as atividades do segmento e impedir que ambições desmedidas provoquem danos ilegais à economia popular.
Mas a comercialização do produto no mercado interno se rege pela voracidade dos proprietários de usinas em superfaturar lucros à margem da boa-fé exigível na conduta da indústria. É o que ocorre agora com o aumento alarmante dos preços do álcool, justificado com argumentos maltrapilhos. Afirmam os representantes do setor que a elevação é imposta por alguns fatores, entre outros o excesso de chuvas, a tardia colheita nos canaviais e a falta de incentivo do governo. O fato é que, no DF, o preço subiu quase 10%, assim também em várias regiões do país.
Os registros do comércio exportador, todavia, fazem desabar na vala comum das imposturas as explicações dos usineiros. Grande parte da capacidade produtiva de álcool foi substituída pela fabricação de açúcar, commodity, hoje, com alta cotação no mercado internacional. Segue daí a menor oferta de etanol e, por derivação, o reajuste imoderado dos preços. A opção do parque açucaralcooleiro, de anular a competição de preço entre o etanol e a gasolina, lesa os fundamentos de um sistema carimbado com o selo do interesse nacional.
Quando a exportação de açúcar deixa de oferecer vantagens, retoma-se a produção de álcool adequada ao consumo nacional, mas não há volta ao preço anterior do produto. Trata-se de jogo indeco roso em que, em qualquer circunstância, o consumidor não é a única vítima. Expansão no custo dos combustíveis sem respaldo na evolução natural das relações econômicas, como é o caso, exaspera ao extremo a inflação. E avanço médio em torno de 9%, ante conjuntura sublinhada por tendência inflacionária, é insuportável. Vergonhoso é que a trampolinice dos usineiros obriga o país, segundo maior produtor mundial de etanol, a importar 200 milhões de litros dos EUA para evitar desabastecimento e conter a escalada de preços.
É injúria grave dizer que o governo não incentiva a produção. A indústria do álcool e do açúcar recebe financiamento regular e substancial de agências governamentais, como o Banco do Brasil (BB) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a juros subsidiados. O Estado, portanto, tem obrigação de regular as atividades do segmento e impedir que ambições desmedidas provoquem danos ilegais à economia popular.
Fonte: http://www.portaldoagronegocio.com.br/conteudo.php?tit=etanol_caro_fere_interesse_nacional&id=52915
Acesso em 05/04/2011